domingo, 5 de maio de 2013

Armas usadas pelo Brasil na 2ª guerra mundial

Todas as armas utilizadas pela FEB na Itália eram de procedência norte-americana, substituindo as de fabricação francesa, alemã e tcheca que eram usadas até então pelo Exército Brasileiro. O fuzil-metralhadora Hotchkiss foi substituído pelo fuzil-metralhadora Browning (conhecido no exército norte-americano como BER, sigla de Browning Automatic Rifle). 

Outras armas recebidas foram as submetralhadoras Thompson e M3, algumas submetralhadoras inglesas Sten e as carabinas M1, de calibre ponto 30.

Houve certa decepção por parte dos brasileiros quando receberam as armas de procedência norte-americana: havia poucos fuzis M1 Garand, modelo que era de uso comum entre as unidades norte-americanas de infantaria. Assim, a maioria dos brasileiros seguiu para o combate com fuzis Springfield 1903 A3, modelo que datava de antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Durante as batalhas, alguns brasileiros obtiveram fuzis M1 Garand que pertenciam a colegas norte-americanos mortos ou feridos  
Submetralhadora Thompson 

Fuzil-Metralhadora Browning
Submetralhadora M3

Conclusão

Sua participação no conflito foi importante pois tornou evidente a contradição vivida pelo Estado Novo, que enviava tropas para lutar pela democracia no exterior, mas internamente mantinha um regime ditatorial. O retorno dos contingentes da FEB precipitou, assim, a queda de Vargas em 1945.

Relíquias da Guerra

Contudo, no contexto social e educacional no qual estamos inseridos, com o objetivo de Possibilitar aos estudantes uma percepção visual dos eventos da Segunda Guerra Mundial, os estudantes são encaminhados os estudantes ao Museu do Expedicionário. O museu foi criado em 1946 e abriga um grande acervo de objetos utilizados por soldados de diversas nacionalidades nas batalhas da guerra.

Ainda, podemos citar as seguintes contribuições: 

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), conhecido popularmente como “Monumento aos Pracinhas”, foi idealizado pelo Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes, Comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB) com o objetivo de homenagear e trazer de volta à Pátria os restos mortais dos brasileiros mortos nos Campos de Batalha da Itália, enterrados no cemitério de Pistóia à época do conflito. 

O Monumento é constituído de uma sala de exposições, com um acervo permanente de material de emprego militar utilizado pelos brasileiros na 2ª Guerra Mundial; de um mausoléu onde se encontram os restos mortais de 468 pracinhas; de um pórtico monumental com 31 metros de altura; de um grupo escultórico de autoria de Alfredo Chesciati, retratando os soldados brasileiros das três Forças Armadas e de uma escultura metálica alusiva a Força Aérea Brasileira, de autoria do escultor Júlio Catelli Filho.
Churchill War Rooms: 

Tem como objetivo conhecer o gabinete de guerra que o Primeiro-Ministro do Reino Unido usou para comandar as operações para barrar as investidas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Depoimentos de ex-funcionárias retratam o ambiente de absoluta tensão, com fumaça de cigarro, mapas e gritos por todo lado.

Sobre a FEB (Força Expedicionária Brasileira)

A estruturação da FEB propriamente dita teve início com o envio de oficiais brasileiros aos Estados Unidos, para treinamento. Tratava-se de familiarizá-los com os métodos e táticas militares empregadas pelas tropas norte-americanas, substituindo os franceses, já ultrapassados, que ainda predominavam. Esses oficiais permaneceram por três meses na Escola de Comando e Estado-Maior de Fort Leavenworth.

Na Itália, a FEB uniu-se às tropas do V Exército norte americano - integrante do X Grupo de Exércitos Aliados. Nesse momento, o objetivo das tropas aliadas ali sediadas era impedir o deslocamento alemão para a França, onde se preparava a ofensiva final aliada. Era necessário, assim, manter o exército alemão sob constante pressão. As primeiras vitórias brasileiras ocorreram em setembro de 1944, com a tomada das localidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano. No início do ano seguinte, os pracinhas participaram da conquista de Monte Castelo, Castelnuovo e Montese. O conflito, no entanto, não se estendeu por muito mais. A 2 de maio, o último corpo do exército alemão na Itália assinou sua capitulação, e a 8, a guerra na Europa chegava ao fim, com a rendição definitiva da Alemanha.

A FEB perdeu 454 soldados que durante muitos anos permaneceram no cemitério de Pistóia (Itália). Em outubro de 1960, suas cinzas foram transferidas para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, erguido no Rio de Janeiro, no recém-criado aterro do Flamengo.

Contribuições brasileiras à Guerra

A participação militar brasileira, foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25 mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira) adotou como lema "A cobra está fumando", em resposta àqueles que consideravam ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra. 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB (Força Aérea Brasileira). Durante as batalhas brasileiras na Segunda Guerra Mundial, cerca de 14 mil soldados alemães se renderam aos brasileiros. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares.

Com isso, a principal ação militar brasileira aconteceu principalmente na organização da campanha da Itália, onde os brasileiros foram para o combate ao lado das forças estadunidenses. Nesse breve período de tempo, mais de 25 mil soldados brasileiros foram enviados para a Europa. Apesar de entrarem em conflito com forças nazistas de segunda linha, o desempenho da FEB e da FAB foi considerado satisfatório, com a perda de 943 homens.

Mas, foi importante também a participação da marinha brasileira, que realizou o patrulhamento e a proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães.

A postura de Getúlio Vargas em relação à entrada no conflito

Existem divergentes interpretações sobre a postura de Vargas frente à eclosão da II Guerra. A visão tradicional considera o presidente como um político habilidoso, que protelou o quanto pôde a formalização de uma posição diante do conflito, na medida em que poderia obter ganhos, do ponto de vista econômico, dos dois lados.  
O grande sonho do presidente era a industrialização do país que comandava e, nesse sentido, pretendia obter recursos externos. Em 1940 o ministro Souza Costa publicou um Plano Quinquenal, que previa o reequipamento das ferrovias, a construção da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, a instalação de uma indústria aeronáutica e a construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, reforçando o nacionalismo econômico.
Outra visão considera a posição de Vargas frente à Guerra como expressão de uma contradição, na medida em que o país dependia de forma mais acentuada da economia norte-americana e ao mesmo tempo possui uma estrutura política semelhante à dos países do Eixo. A posição favorável a Alemanha poderia comprometer o desenvolvimento econômico do país, uma vez que os nazistas, apesar de avançarem na Europa, tinham na América do Sul um interesse secundário. Ao contrário, a defesa dos interesses dos EUA, quer dizer, das "democracias" contra o nazi-fascismo, poderia comprometer a política interna de Vargas.

Brasil e o apoio aos nazistas

Ao mesmo tempo em que Vargas contraía empréstimos com os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo totalitarismo nazi-fascista. Dessa maneira, as autoridades norte-americanas viam com preocupação a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos que poderiam, por exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.

Entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Por que, duvidavam tanto da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial?
Durante todo o período em que se manteve neutro diante da guerra que começou na Europa em 1939, o governo brasileiro sofreu fortes pressões dos Estados Unidos para permitir às tropas norte-americanas o uso de portos e aeroportos do Norte-Nordeste, considerados fundamentais para a defesa do continente. O presidente Getúlio Vargas, aproveitou a ocasião para obter dos Estados Unidos a promessa de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e de construção de uma grande força repressora.

Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras formas importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente borracha, para os países das forças aliadas. 

O país em questão, também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos Estados Unidos.


Entrada do Brasil no conflito - Batalhas

Em 1940, um ano após eclodir na Europa, a guerra ainda não ameaçava diretamente o Brasil. A ideologia nazista, contudo, fascinava os homens que operavam o Estado Novo a tal ponto que Francisco Campos, o autor da Constituição de 1937, chegou a propor à embaixada alemã no Brasil a realização de uma "exposição anticomintern", com a qual pretendia demonstrar a falência do modelo político comunista.  

Mais tarde, o chefe da polícia (um órgão de atuação similar à da Polícia Federal de hoje), Filinto Muller, enviou policiais brasileiros para um "estágio" na Gestapo. Góes Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, foi mais longe. Participou de manobras do exército alemão e ameaçou romper com a Inglaterra quando os britânicos apreenderam o navio Siqueira Campos, que trazia ao Brasil armas compradas dos alemães.

A posição de neutralidade brasileira acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de seu vasto litoral. 

Em agosto, caiu por terra a neutralidade do Brasil, primeiro com a declaração de rompimento das relações diplomáticas, no dia 22, e em seguida, com a declaração do estado de guerra contra a Alemanha e a Itália.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Contexto Brasileiro antes da Segunda Guerra Mundial


Durante o Estado Novo (1937 – 1945), o governo brasileiro viveu a instalação de um regime ditatorial comandado por Getúlio Vargas. Esta último, fechou o Congresso, impôs a censura à imprensa, prendeu líderes políticos e sindicais e colocou interventores nos governo estaduais. Com um estilo populista, montou, ainda, um poderoso esquema de propaganda pessoal ao criar o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), claramente inspirado no aparelho nazista de propaganda idealizado por Joseph Goebbels.  

A Hora do Brasil, introduzida nas rádios brasileiras e chamada ironicamente pela intelectualidade de "Fala Sozinho", mostrava os feitos do governo, escondendo a repressão política praticada contra uma sociedade pouco organizada na época. Também, vargas criou o salário mínimo e instituiu a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre outros benefícios sociais, o que o levou a ser adamado como "pai dos pobres" pela população de baixa renda.

Nesse mesmo período, as grandes potências mundiais entraram em confronto na Segunda Guerra, iniciada em 1º de setembro de 1939, quando as forças nazistas alemãs de Adolf Hitler invadiram a Polônia. Observamos, então, a cisão entre os países totalitários (Alemanha, Japão e Itália) e as nações democráticas (Estados Unidos, França e Inglaterra). Ao longo do conflito, cada um desses grupos em confronto buscou apoio político-militar de outras nações aliadas.

O Brasil passou a participar do conflito a partir de 1942, assumindo uma posição neutra na Segunda Guerra Mundial.